Mundo afora, há mais de 170 métodos diferentes para calcular a sensação térmica – e algumas empresas de meteorologia mantêm os seus em segredo –, mas todos têm algo em comum: consideram a temperatura real, a umidade e a velocidade do vento.
Via de regra, o vento diminui a temperatura percebida. É a mesma razão pela qual o ventilador refresca: ele assopra para longe o ar que está em volta de você, que o calor do seu corpo já esquentou – e o substitui por ar novo, mais frio, que vai roubar mais calor de você.
Por outro lado, a umidade aumenta a sensação de calor, porque o ar já carregado de água dificulta a evaporação de mais água – e o suor refresca justamente porque ele evapora, levando junto o calor do seu corpo.
Outra variável importante que pode entrar nessa conta é a incidência direta de radiação solar. As medições oficiais de temperatura são feitas com o termômetro na sombra, mas é evidente que sentimos mais calor quando a luz da estrela está batendo diretamente em nós.
Também dá para considerar o calor que o chão absorve e emite de volta na forma de radiação infravermelha (o comprimento de onda eletromagnética que seus olhos não veem, mas a pele interpreta como calor). Certas superfícies, como o asfalto das cidades, são piores nesse quesito.
É claro que, não importa quantas variáveis um ou outro órgão de meteorologia decidam adotar, a sensação térmica sempre será uma medida subjetiva. A facilidade com que cada pessoa perde ou ganha calor depende de sua altura, de seu peso, de usa taxa metabólica, das roupas que ela está usando, dos movimentos que ela está fazendo…
Sabe-se, por exemplo, que mulheres preferem o ar-condicionado do escritório em média 2 ºC mais quente do que os homens.